Gladíolo ou Palma-de-santa-rita
O gladíolo ou palma-de-santa-rita é uma herbácea que varia de 50 centímetros a 1,5m, dependendo da cultivar. São plantas nativas da África e Eurásia, porém muito difundidas pelo mundo através de diversas hibridações, por isso não coloco aqui um nome de espécie. Pertencem ao gênero Gladiolus, que é o diminutivo de "espada" (gladius) em latim.
São plantas esguias e com folhas dispostas em leque, que saem de um caule subterrâneo chamado cormo (lembrando uma batata circular e achatada). Como são plantas altas, quando florescem não aguentam o próprio peso e é preciso colocar uma estaca alta o suficiente no momento do plantio. Tendem a apodrecer se o terreno for muito encharcado, porém é importante que o solo seja um pouco argiloso para um melhor desenvolvimento. O local do plantio deve ser preparado com terra adubada e composto orgânico (1/3 de composto). Precisa de sol pleno e é tolerante ao calor.
É importante o uso do composto pois no caso de solos muito argilosos (que vão reter muita água), a drenagem é melhorada. Colocar um punhado de farinha de ossos nas covas é ótimo para flores saudáveis. Os cormos de gladíolos devem ser enterrados a mais ou menos 10 ou 15 centímetros de profundidade. Caso sua terra não seja argilosa, pode-se adicionar um pouco de barro, metade barro, metade terra. Não esqueça do composto orgânico.
Outro detalhe importante é uso de cal. No Brasil, a maior parte dos solos é acida, portanto, o uso de cal quase sempre é indicado. O uso não é obrigatório, mas principalmente se não for utilizada a farinha de ossos (que é rica em cálcio), o uso de cal é recomendado. O ideal é testar o pH do solo e usar a quantidade correta, porém aqui no ensaio e erro chegamos à conclusão de que uma colher de sopa por cova funciona muito bem. Tudo (terra adubada, barro, composto orgânico, farinha de ossos, cal) deve ser muito bem misturado e incorporado para melhor resultado. Você pode se utilizar de um balde ou bandeja (dessas que são utilizadas em obras) para misturar tudo.
Pode ser cultivado em vasos. Um vaso com volume aproximado de 5 litros comporta no máximo 3 cormos. Para vasos maiores, a mesma proporção pode ser seguida. Cuidado para não tombar quando a planta estiver florida, proteja do vento.
Quem os planta em jardins deve sempre marcar bem onde as plantas estão, pois do contrário os locais podem ser perdidos no inverno, quando só restam os cormos enterrados, que rebrotam na primavera. O problema de não marcar onde os cormos estão enterrados é esquecer que eles estão ali e plantar outras coisas por cima, atrapalhando a brotação seguinte, ou ainda pior, na hora de abrir uma cova, acertar a pá em algum cormo, destruindo-o.As folhas duram aproximadamente 6 meses (primavera-verão). A adubação se dá no momento do plantio e depois quando as flores estiverem no seu auge. A primeira, com farinha de ossos, estimula a floração abundante, pois adiciona ao solo os nutrientes mais importantes para este momento. A segunda, com um punhado de torta de mamona (ou qualquer outro adubo natural rico em nitrogênio) se dá a partir de quando a planta começa a se preparar para o ano seguinte, acumulando nutrientes para a brotação. No outono as folhas já estão todas amareladas ou secas e as regas são desnecessárias.
Quando as flores secam, a haste pode ser cortada, pois não nos interessa que haja frutificação e produção de sementes, pois a germinação é irregular e os indivíduos formados não serão cópias da planta-mãe (a não ser que a sua palma seja selvagem). Deste modo, a planta agora vai focar em acumular reservas para o ano seguinte. Importante lembrar que somente a haste pode ser cortada, a planta inteira não, pois as folhas vão realizar a fotossíntese até o fim da estação. As folhas devem secar naturalmente, e quando isso ocorrer, coloque uma camada de composto orgânico (além de adubo, é um bom isolante térmico) para proteger do frio caso você more em locais frios ou onde possa gear.
Também é possível retirar os cormos da terra depois da morte da parte aérea, armazenando-os em local fresco e arejado, sem umidade, nas próprias redinhas em que são vendidos ou em caixas de sapato com Sphagnum desidratado. Polvilhe canela por cima para evitar mofo. A melhor forma de multiplicar os gladíolos, é separar os pequenos cormos que se formam ao redor do cormo principal, que podem produzir flores em dois ou três anos. Deste modo, as plantas originadas serão clones da planta-mãe.
Crédito para foto dos cormos: plantcaretoday.com/how-to-tips-on-growing-gladioli.html

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