Jardim Botânico de Amsterdam e Cicadófitas
O Jardim Botânico de Amsterdam, ou Hortus Botanicus Amsterdam é um lugar belíssimo, cheio de surpresas. São quatro espaços principais: a estufa das palmeiras, o borboletário, a estufa dos três climas e um espaço multiuso, uma sala de aula dentro de uma estufa, que quando não está ocupada por alunos, é aberta ao público. No dia em que fui, esta sala estava fechada. A estufa dos três climas nos mostra um pouco do deserto, do trópico e do subtrópico.
Mostro aqui um pouco da estufa das palmeiras e o borboletário. Para chegar lá é muito fácil, é só tomar um bonde da linha 9 ou 14 e saltar na estação Artis (Jardim Zoológico) ou uma estação antes, que é um pouco mais perto. É uma delícia andar por aquelas ruas. Antes de ir, verifiquem os valores da entrada, pois pode ser que uma carteira de estudante sirva para desconto, ou passaporte para mostrar a idade caso você tenha 25 anos ou menos. Eu tinha feito 25 naquele ano (2016), então eu paguei mais barato. Estava chuviscando e um pouco frio, mas não desanimem com o clima caso estejam viajando no inverno e começo de primavera. O jardim botânico todo é muito interessante, porém destaco aqui o que mais me chama a atenção.
Mostro aqui um pouco da estufa das palmeiras e o borboletário. Para chegar lá é muito fácil, é só tomar um bonde da linha 9 ou 14 e saltar na estação Artis (Jardim Zoológico) ou uma estação antes, que é um pouco mais perto. É uma delícia andar por aquelas ruas. Antes de ir, verifiquem os valores da entrada, pois pode ser que uma carteira de estudante sirva para desconto, ou passaporte para mostrar a idade caso você tenha 25 anos ou menos. Eu tinha feito 25 naquele ano (2016), então eu paguei mais barato. Estava chuviscando e um pouco frio, mas não desanimem com o clima caso estejam viajando no inverno e começo de primavera. O jardim botânico todo é muito interessante, porém destaco aqui o que mais me chama a atenção.
Estufa das Palmeiras, construída em 1912
Esta estufa possui uma coleção de cicadófitas muito rica, como uma cica chamada Encephalartos altensteiniique que no jardim botânico já está há mais de 150 anos, porém já era de uma coleção da família real desde muito antes disso (foto a seguir). É um exemplar com mais de 200 anos e está em um vaso. Kew Gardens também possui um exemplar da mesma espécie, que, provavelmente, a que lá se encontra é a planta em vaso mais idosa do mundo. A maior parte das plantas só fica na estufa no inverno, porém esta fica o tempo todo.
Outras cicas
Cicas, ou sagus, dependendo da região, não são palmeiras, apesar da semelhança. Cicas são gimnospermas (plantas vasculares que possuem sementes porém não possuem fruto) e palmeiras, angiospermas (plantas com sementes envolvidas por um fruto), portanto são mais próximas de pinheiros do que das plantas com flor e fruto. Pertencem ao filo Cycadophyta, que juntamente dos filos Conipherophyta, Ginkgophyta e Gnetophyta formam o grupo parafilético das Gimnospermas. Diz-se parafilético todo grupo que agrega descendentes de um ancestral comum, porém não todos. O assunto é bastante controverso, pois análises moleculares dos quatro filos citados definem o grupo como monofilético (um ancestral comum e todos seus descendentes). Já quando fósseis de gimnospermas extintas são analisados, o grupo é definido como parafilético.
Outras plantas e outros ângulos da mesma estufa
Tem também este berçário, um lugar ainda mais controlado, pois as mudas são de espécies bastante raras na natureza.
Uma curiosidade é esta parte dedicada ao passado.
Pequeno vídeo que gravei de cima de uma passarela que a estufa possui.
Borboletário
Uma bela forma de educação ambiental é o uso de borboletários, principalmente como este, onde as etapas de transformação de larvas até borboletas adultas ficam bastante evidentes. Podemos ver borboletas se alimentando, ovos sendo levados para o berçário pelos funcionários responsáveis e uma espécie de prateleira onde as crisálidas ficam penduradas até emergirem as borboletas. É um trabalho meticuloso, pois os ovos são recolhidos e levados a uma estufa própria, onde ficam até a fase de crisálida. Após isso, quase perto de emergirem, os indivíduos são levados para um suporte como mostrado na foto a seguir. Quando a metamorfose está completa, as futuras borboletas já podem voar pela estufa, onde encontram diversas plantas economicamente úteis ao ser humano, justamente mostrando a importância da polinização.
Um tipo de comedouro que podemos fazer semelhante em nossas casas.
Perfeito! Muito bonito o lugar! E muito bom saber sobre essas gimnos. Parabéns!
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