
Fim de verão e as dálias estão a todo vapor. Começam a brotar na primavera, após o descanso invernal, florescem por todo o verão e durante o outono amarelam até secar. Encerra-se o ciclo, restando apenas suas raízes tuberosas, as famosas "batatas" no solo. Algumas não possuem estas raízes especializadas e são conhecidas como dálias anuais. As que rebrotam ano após ano são dálias perenes. Possuem as mais variadas cores, lisas ou mescladas, e também podem ser simples, conhecidas como dálias singelas, com somente uma camada de "pétalas" ou podem ser "dobradas", com várias camadas. Coloco pétalas entre aspas pois as flores das dálias na verdade são inflorescências, ou capítulos. A família
Asteraceae era chamada de
Compositae, e muitos botânicos ainda as chamam como "família das compostas", justamente em alusão ao fato de suas inflorescências se assemelharem a uma única flor. Existem dois tipos de flores em inflorescências de
Asteraceae: as flores centrais, chamadas de flores do disco, e as periféricas, que são as flores do raio. As flores do raio são as responsáveis pelo efeito, para nós, de uma única flor. Isso ocorre porque cada uma delas possui suas pétalas unidas em uma única estrutura, a gamopétala, e se apresentam como uma única pétala bastante vistosa. Portanto, cada uma das pétalas de uma dália na verdade é uma flor individual do capítulo. O que chamamos de miolo, também são pequenas flores (são as flores do disco), porém sem as pétalas vistosas das flores periféricas. São flores femininas, portadoras dos ovários da planta. Um exemplo bem didático é o girassol, que quando seca, as sementes ficam na parte central, onde estavam os ovários.

















Canteiro das dálias no começo da primavera:
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