Suculentas

Suculentas são plantas bastante conhecidas por sua característica principal: folhas "gordinhas", que funcionam como reservatórios de água. Não constituem um táxon, sendo o termo "suculenta" derivado da horticultura, que pura e simplesmente quer dizer que são as "plantas das folhas gordinhas". As famílias onde mais encontramos suculentas são Agavaceae, Euphorbiaceae, Crassulaceae, Cactaceae, Aizoaceae (sendo essas três últimas as famílias com maior número de espécies de suculentas). São plantas xerófitas, isto é, capazes de sobreviver em ambientes extremamente áridos, porém existem espécies de crássulas (Crassulaceae) que são aquáticas. São plantas cosmopolitas, em todo globo terrestre ocorrem espécies de suculentas. 

Folhas modificadas para armazenamento de água é somente uma das adaptações evolutivas para sobrevivência em ambientes adversos. Além das folhas, existem raízes e também caueles modificados para tal função. Cactos são um exemplo de plantas com caules modificados, uma vez que suas folhas foram reduzidas a espinhos. Outro exemplo bastante conhecido é a nolina ou pata-de-elefante, com seus caules estruturais, de base bastante desenvolvida, com folhas nas pontas. Portanto, cada um cultiva as plantas de acordo com o que mais lhe atrai: espinhos, caules esculturais e folhas gordinhas. Aqui no caso pretendo mostrar um pouco das minhas. 

Aeonium (Crassulaceae), desde os vasinhos com as mudas até o dia de hoje, para acompanharmos a evolução. Esta suculenta não se propaga por folhas, como fazemos com várias. É preciso que a planta cresça o suficiente para emitir caules novos e aí sim, cortar uma coroa inteira, com um pedaço do caule e enraizar na terra. Nas fotos podemos ver duas espécies distintas, o Aeonium arboreum 'Atropurpureum' (folhas bem escuras) e o A. canariense (rosetas maiores e verdes).

Ainda na mesma jardineira, provavelmente uma Echeveria sp. Não digo com certeza o nome, pois não sei. Vou apostando que a maioria dessas suculentas rosuladas são deste gênero Echeveria:

Não tomei o cuidado de tirar as fotos quando fiz as mudas, mas acreditem, cada uma delas veio de uma folha da planta-mãe, que por sua vez me surpreenderam com uma floração super diferente. Não parece, mas essas flores estão partindo das plantas da foto anterior:

Agora uma que eu amo muito, a Haworthia cymbiformis (Asphodelaceae), com seus dois tons de verde parece um tanto vitrificada, porém bastante rústica:

Esta verde mais escura, com pintinhas brancas também é uma Haworthia, só que de outra espécie. Ambas se multiplicam através de brotações laterais.

Aqui assinaladas com círculos vermelhos são as mudas feitas a partir das brotações laterais da Haworthia. Algumas com raízes, outras sem, porém o que importa é vir um pedaço do caule, além da coroa.

Lithops (Aizoaceae) Ainda um mistério para mim. A planta aparentemente vive muito bem, troca suas folhas e floresce. Se caracterizam por não crescer, as folhas começam a murchar e logo aparecem novas folhas, sempre duas. Se multiplicam por sementes. 

Esta suculenta pendente, super bonita, eu não sei o nome ainda.

As duas a seguir são do gênero Sedum (Crassulaceae)

Uma folha de Echeveria que enraizou bem superficialmente, mostrando uma etapa no processo de formação da nova muda. Não precisa nem enterrar a folha dos Sedum e Echeveria, basta deixar em local sombreado e não deixar a terra secar.

Comecei a publicação com uma foto desta composição no seu auge. Encerro com a mais recente. Hoje, talvez dois anos depois, já precisa de uma reforma, a terra já está com poucos nutrientes, algumas plantas cresceram mais que outras, as suprimindo, outras morreram. O legal de composições com suculentas é que elas nunca ficam iguais, mesmo replantando as mesmas mudas, cada hora cada uma cresce de um jeito, a luz solar muda a cor para mais avermelhado em algumas espécies etc.